sábado, 1 de março de 2008

O inicio - de 27 a 29/02

Uma viagem começa sempre pela despedida. E é a hora mais difícil, minha família, o Ro, meus amigos. Dar tchau pra todos eles me fez pensar porque eu tava indo. Deixei meu pai num choro que só de lembrar dói o coração. Quando entrei na área do embarque internacional pensei: O que eu to fazendo?? Passei pela PF chorando, e fui correndo pra um orelhão ligar pra eles pra saber como meu pai tava. Mas graças a Deus ele já estava melhor, e todos estavam na Anvisa tomando vacina. Será que eles vão vir me visitar?? Rss,
Embarquei. As 16 e alguma coisa do dia 27/02. Graças a Deus todos os vôos foram super tranqüilos. Primeira parada: Santiago no Chile. Duas horas esperando o próximo embarque pra Auckland, Nova Zelândia. O vôo mais longo, 13 horas sobre o Oceano, indo por baixo, perto do Pólo Sul, pois assim a viagem é mais curta. Nessa espera do próximo embarque conheci as primeiras pessoas, brasileiros também indo pra Sydney. Dois casais de senhores que estavam indo ver os filhos. Conversamos bastante pois o vôo atrasou uma hora pra sair. Meu primeiro contato com os gringos foram para avisar uns senhores que nosso portão de embarque havia mudado. Lá fui eu: Change Gate eighteen. Change gate eighteem. Entramos no avião. Quem senta do meu lado? O Shrek. Um Neo Zelandes enorme, igualzinho o Shrek. Pensei: Nunca vou conseguir levantar pra ir no banheiro. Com o tempo (e isso tínhamos bastante) começamos a conversar, meio tupiniquim, porque de cara avisei que I don’t speek english. Mas a gente falava uma palavra aqui, um gesto ali e descobri que ele era bonzinho mesmo igual o Shrek. Era professor numa universidade e arqueólogo. Tava vindo do Chile e ano que vem iria para a Amazônia. Grande progresso, varias palavras. Quando ele perguntou quantos habitantes haviam em São Paulo, lascou, e pra falar milhões...rss. O vôo é longo, todo o tempo é noite. Dormi a maior parte do tempo, graças a Deus, assim passou mais rápido, cada vez que acordava, olhava pela janela e via sempre as mesmas estrelas, mudavam as horas e as estrelas estavam na mesma posição sobre a asa do avião. Pensei: Não é possível, isso aqui ta parado, por isso demora tanto. Quando chegamos na Nova Zelândia, tivemos que descer do avião. Por questão de segurança eles exigem que todos os passageiros em transito passem pelo raio X. Descemos, passamos, voltamos para o avião para seguirmos para Sydney. Agora quem sentou do meu lado era um hippie com asa. Como ele tava fedido. Mas quando deu 6hs da manhã no horário local, e por volta das 14:15 horário de Brasília, o sol começou a nascer sobre o céu da Nova Zelândia. Inesquecível. Só faltou mesmo a câmera pra registrar esse momento e o Rô do meu lado pra ver isso comigo. Alias a viagem pra Sydney só teve imagens lindas. Quando estávamos chegando, o sol atrás do avião, e refletindo sobre as nuvens a sombra do avião, parecia tão pequeno sobre tantas nuvens. Depois de 3 ou 4 horas de vôo começamos a descida. Pra minha sorte, afinal 10 minutos não faziam diferença, o aeroporto de Sydney estava cheio, então tivemos que dar umas voltinhas sobre Sydney. Eram 7 horas da manhã horário local. O Sol brilhando. Já avistei a cidade. Que lindo. Derrepente vejo o Opera House. Pensei: Caracas to aqui. Não tava acreditando. A ponte Harbor. Meu Deus mas que cidade linda. Tudo muito verde, muita praia, muitos barcos. Aqui já era dia 29/02. Em São Paulo ainda era dia 28 e por volta das 18hs. Pousamos com tranqüilidade, e desembarquei. Dri e Junior me esperando. Quanta saudade. Fomos pro carro já começa a dificuldade. Mão inglesa. Pegamos um pouco de transito e eu tava tensa...rss parecia que os carros viriam na nossa direção. Atravessamos a cidade e já fiz um tour. Me levaram pra ver o Opera House de perto e passamos pela ponte. É tudo muito bonito mesmo. Chegamos em casa, um apto no terceiro andar de um predinho baixo da Collaroy St. O apto é lindo, bem clean, tudo bem novo. Deixamos as malas, tomei um banho e saímos pro Manley pois a Adri precisava trabalhar e eu não podia dormir pra ir acostumando com o horário. A Information Brazil fica bem no The Corso, uma praçinha com varias lojas, e fica bem em frente a praia. A agência é um lugar bem informal onde os estudantes estão a toda hora. Passamos a tarde toda lá e o Ro me ajudou a abri uma conta do banco. Voltamos, fizemos compras no mercado e de volta pra casa.

Um comentário:

  1. Quando você estava partindo fiquei olhando e pensando: Meus Deus, ela é uma menina. Como vai viajar sozinha para tão longe? E se acontecer algo? Será que ela vai saber fazer as conexões?
    Lendo seu blog caiu a ficha:
    NOSSA MENINA CRESCEU.

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